Resultado - 80º Oscar



Melhor filme: “Onde os Fracos Não Têm Vez”
Diretor: Ethan Coen e Joel Coen, “Onde os Fracos Não Têm Vez”
Melhor ator: Daniel Day-Lewis, “Sangue Negro”
Melhor atriz: Marion Cotillard, “Piaf - Um Hino Ao Amor”
Ator coadjuvante: Javier Bardem, “Onde os Fracos Não Têm Vez”
Atriz coadjuvante: Tilda Swinton, “Conduta de Risco”.
Animação: “Ratatouille”
Roteiro Adaptado: “Onde os Fracos Não Têm Vez”, Joel Coen & Ethan Coen
Roteiro Original: “Juno”, Diablo Cody
Direção de arte: “Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco Da Rua Fleet” (Dante Ferreti e Francesca Lo Schiavo)
Fotografia: “Sangue Negro” (Robert Elswit)
Figurino: “Elizabeth: A Era de Ouro” (Alexandra Byrne)
Documentário: “Taxi to the Dark Side” (Alex Gibney e Eva Orner)
Melhor documentário (curta): “Freeheld” (Cynthia Wade e Vanessa Roth)
Montagem: “O Ultimato Bourne” (Christopher Rouse)
Filme Estrangeiro: “Die F¤lscher” (”The Counterfeiters”) (Áustria, de Stefan Ruzowitzky)
Maquiagem: “Piaf - Um Hino ao Amor” (Didier Lavergne e Jan Archibald)
Trilha Sonora: “Desejo e Reparação” (Dario Marianelli)
Canção: “Falling Slowly” (”Once”, Glen Hansard e Marketa Irglova)
Curta-metragem de Animação: “Peter & the Wolf” (Suzie Templeton e Hugh Welchman)
Curta-metragem: “Le Mozart des Pickpockets” (The Mozart of Pickpockets) (Philippe Pollet-Villard)
Mixagem de Som: “O Ultimato Bourne” (Scott Millan, David Parker e Kirk Francis)
Edição de Som: “O Ultimato Bourne” (Karen Baker Landers e Per Hallberg)
Efeitos Visuais: “A Bússola de Ouro” (Michael Fink, Bill Westenhofer, Ben Morris e Travor Wood)
Oscar Honorário: Richard Boyle (Diretor de Arte)

Resultado - 28º Prêmio Framboesas de Ouro



Pior Filme: Eu Sei Quem Me Matou

Pior Ator: Eddie Murphy (como Norbit) em Norbit

Pior Atriz: Lindsay Lohan (como Aubrey) e Lindsay Lohan (como Dakota) em Eu Sei Quem Me Matou

Pior Atriz Coadjuvante: Eddie Murphy (como Rasputia) em Norbit

Pior Ator Coadjuvante: Eddie Murphy (como Mr. Wong) em Norbit

Pior casal ou dupla: Lindsay Lohan e Lindsay Lohan (como as gêmeas Audrey e Dakota) em Eu Sei Quem Me Matou

Pior Refilmagem ou cópia: Eu Sei Quem Me Matou (Cópia de O Albergue, Jogos Mortais e The Patty Duke Show)

Pior sequência ou Prequência: O Acampamento do Papai

Pior Diretor: Chris Siverston de Eu Sei Quem Me Matou

Pior Roteiro: Eu Sei Quem Me Matou escrito por Jeffrey Hammond

Pior Desculpa para um Filme de Terror: Eu Sei Quem Me Matou

Juno

Histórias de amor eterno são tratadas de duas formas distintas no cinema. A primeira é de maneira fantasiosa: garota espera o príncipe encantado e ambos vivem felizes até os 80 anos, quando morrem de mãos dadas. A segunda é de forma cínica: o amor eterno não existe e a complexidade da relação um dia exigirá seu preço, jogando o casal (ou um dos lados do casal) numa orgia de confusão sentimental. Quando um filme consegue escapar dessas visões maniqueístas, uma obra-prima se forma. Foi assim com As Pontes de Madison, sobre o amor versus comodismo. Foi assim com Antes do Amanhecer, sobre o amor versus a inconveniência da distância. E é assim com Juno, surpresa indie do ano que consegue juntar a magia inocente do primeiro amor e as dificuldades desse amor (?) se manter na vida adulta.O tema é tratado de maneira inteligentíssima pelo roteiro de Diablo Cody. Sua Juno (Ellen Page, sensacional), a garota que fica grávida na primeira transa e decide passar o filho (ou "a coisa", como costuma dizer) para um casal infértil, é uma daquelas personagens antológicas, apaixonantes e reais. Ao contrário da maioria das criações femininas jovens do cinema, Juno tem uma decisão a tomar e encara isso de forma verdadeira. Não há pais desajustados que irão chorar pelo destino "da minha menininha", não há o namorado canalha (neste caso, há o frágil corredor vivido por Michael Cera) e não há uma protagonista idiota e desesperada - é uma garota de inocência assumida, mas lida com isso de maneira esperta.No meio de tanta bizarrice que vemos em filmes sobre adolescentes, Jason Reitman despiu-se do cinismo que apresentou em Obrigado por Fumar e se revelou um diretor sensível e consciente de suas criações. E assim tratou o casal mais velho vivido por Jason Bateman e Jennifer Garner. É um cara com ambições diferentes, roqueiro e fã de filme de terror e quadrinhos, que evita se dedicar a isso porque a mulher não gosta. Essa relação simbiótica (ele se deixa levar pelo amor que sente e ela não percebe que mata o homem por quem se apaixonou ao podá-lo de seus prazeres) é cruel e comum. Talvez seja o melhor de Juno: passar duas horas com pessoas interessantes que podem estar ao seu lado.

fonte: Revista SET
abcs