
Após os minutos de confusão, o filme começa a encontrar seu eixo com o apropriado uso de efeitos especiais nos flashback históricos e a fuga de Langdon pelas ruas de Paris. Mas a produção nunca engata a terceira marcha, primeiramente por causa da interpretação robótica de Audrey Tautou, que irrita no papel do espectador médio, fazendo perguntas idiotas o tempo inteiro e recebendo explicações que deixam o longa com aspecto de Cinecurso 2o Grau. Essa impressão só muda quando surge Sir Ian McKellen. Seu Leigh Teabing sarcástico e carismático é a melhor coisa de O Código Da Vinci. McKellen poderia dizer que o mundo é quadrado e ainda assim alguém acreditaria. Não por acaso, ele versa sobre a descendência de Jesus e a divindade de Maria Madalena, garantindo a credibilidade do assunto. Por outro lado, o roteiro usa Langdon como ponto de contestação, explicando que são apenas teorias e mostrando a covardia de Hollywood em assumir a parcialidade adotada por Brown nos seus livros. Será que os milhões de dólares nas bilheterias valem a criação de um trabalho sem personalidade e óbvio?
fonte: Revista SET