Ratatouille


Com os filmes de Brad Bird todo mundo pode tudo. As crianças se divertem. Os adultos se emocionam. E todo mundo ri e chora, dependendo do que pede a ocasião. Foi assim com o subestimado O Gigante de Ferro, animação convencional de Bird inexplicavelmente lançado no Brasil apenas em DVD. E com o irregular Os Incríveis, animação digital que teve uma recepção dividida tanto de críticos quanto de público. Ratatouille, também totalmente feito por computador, segue pelo mesmo caminho, no sentido de que tem várias camadas de leitura e certamente atingirá os corações e mentes de pais e filhos com a história da amizade entre um jovem inseguro (Linguini, voz de Lou Romano na versão original) e um ratinho determinado (Remy, voz de Patton Oswald).
Bird é um caso raro de animador que fez a transição entre o convencional e o digital sem perder a ternura. Ratatouille tem essa característica em comum com os outros filmes do diretor, uma espécie de olhar terno, carinhoso e galhofeiro para tudo o que faz parte do mundo em que vivemos - seja um herói, seja um vilão. Neste caso, os antagonistas da dupla formada por Linguini e Remy são o chef Skinner (voz de Ian Holm) e o crítico gastronômico Anton Gusteau (Peter O'Toole). Eles tentarão impedir os amigos de realizarem o sonho de montar um grande bistrô gastronômico na capital francesa. E só não conseguem por causa da determinação, do engenho e da arte produzida pelos dois companheiros - combinação que se justifica plenamente na lógica do filme.

fonte: www.setonline.com.br
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